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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

FLÁVIO LOPES DA SILVA

(  PORTUGAL )

 

Flávio Lopes da Silva nasceu a 19 de novembro de 1973 em Barcelos, onde também vive. Publicou – até à data desta entrevista – os livros: Nós vezes Nós (poesia, 2006), Líquida obsessão (contos, 2007), Sétimo Vão (poesia, 2008), Bússola, euforismos (poesia e aforismos, 2009), Sou um Louco que sabe Tocar Acordeão (textos de performance poética, 2010). Em 2001 venceu o Troféu Milho-Rei, na categoria de Mérito na Literatura. No mesmo ano venceu também o Prémio Literário do Município de Barcelos. É cronista. É actor no Grupo de Teatro D’Improviso desde 2013. Pratica Ninjutsu e Taekwondo. Fez dança de hip hop. Escreveu contos infantis e também escreveu para cinema. Fundou a Associação “Às Artes”, à qual preside e foi membro do Grupo Surrealista de Barcelos. Realizou exposições colectivas de pintura, editou livros de outros autores e promoveu diversos eventos de tertúlia. Estudou e toca guitarra e pertence a um grupo de música tradicional situado em Vila Verde. Conheçamos um pouco do poeta através das palavras do mesmo.

Fragmento da biografia:
https://umpoetaparaconversar.wordpress.com 


ALEF – Revista de Literatura Ibero-americana.  Ano I no. 1.  Editores: Ana Laura Kosby  e Marco Celso, Huffell Viola.  Gramado, Rio Grande do Sul, Brasil: maio 2012  56 p.  
Ex. bibl. de Antonio Miranda

 

Enquanto estiver a escreve um poema não me chamem para a mesa
Não me perguntem se amanhã vai estar bom tempo
Não questionem a minha existência
Não me convidem para orgias
Não me digam que a morte vem a correr como uma louca
Não façam caso de mim
Façam de conta que estou a morrer pela minha mão.

Enquanto escrevo um poema sou outro
Outro que eu desconheço nem lembro nem palpito
O meu sangue é burguês e gosta de inventar tornados
O meu coração é um esquizofrenicozinho
Porque a vida, meus senhores,
A vida é um escândalo e a morte é pornográfica!

Enquanto estiver a escrever um poema não me falem em tísicas
fulanas
Não me matem mais do que já estou
Não me excitem o perônio
Não me congratulem com santinhos para a cabeceira
Ignorem que estou a desistir
A ser fatal em cada movimento

Não vêm que estou a dar à luz um relógio de sala?

Não me ponham espelho côncavos na frente
Nem navios a afundar.
Preciso de concentração para morrer.

    

***


Para te encontrar escrevo e pinto bússolas
engulo todo o ar possível até atingir o voo
e contorno as lâminas da incerteza. Para te
encontrar cerco-me de loucuras, fantasio-me
com os cabelos de um santo e nego explicar
enjoam as flores. Para te encontrar
carrego o tear dos dias, construo chãos em
cima de chãos e descubro uma ideia de ti
em cada grito, em cada rebanho de suor.
 

*

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Página publicada em outubro de 2023


 

 

 
 
 
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